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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Dengue

A dengue é uma doença infecciosa provocada por um vírus, sendo reconhecidos 04 sorotipos (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4) transmitidos pela picada do mosquito (Aedes aegypti) – o principal vetor. Apresenta uma grande variedade na apresentacao clínica, que vai desde formas assintomáticas, leves ou de moderada intensidade, até quadros mais severos, que podem evoluir para o óbito. Atualmente, foram identificados no Brasil os sorotipos 1, 2 e 3, que podem circular simultaneamente, o que poderia justificar a ocorrência de quadros mais graves.

A forma clínica clássica é mais encontrada no adulto, que se apresenta com febre de início súbito com duração entre 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça (cefaléia) e ocular (retroorbitária), dor no corpo e nas articulações (mialgia e artralgia), manchas na pele (exantema), prostação e anorexia. Nas crianças, os sintomas podem ser mais leves principalmente nas mais jovens (lactentes), se manifestando como uma síndrome febril inespecífica, com sinais e sintomas inespecíficos. A evolução para as formas mais severas pode ocorrer já na primeira infecção, entre o 3º e 4º dia de doença, na defervescência da febre e se caracteriza por sinais e sintomas que traduzem o extravasamento de líquido (plasma) e que precedem os fenômenos hemorrágicos espontâneos ou induzidos, culminando com os sinais de insuficiência circulatória que podem existir na febre hemorrágica da dengue.

“sinais de alarme”

A doença é passível de uma evolução favorável, sempre que houver o reconhecimento precoce dos sinais e sintomas de alarme (dor abdominal intensa e contínua; vômitos freqüentes e abundantes; queda brusca da temperatura - hipotermia, lipotímia -; irritabilidade, sonolência ou ambos), que indicam a tendência para as formas mais graves e o manejo clínico adequado, visando principalmente evitar os óbitos.

Segundo especialistas, as crianças são mais suscetíveis porque não tiveram contato com o vírus...

A proteção parcial conferida pelos anticorpos maternos atenua na criança as manifestações clínicas produzidas pela doença. Vale ressaltar que esta proteção perdura até os dois anos de idade, coincidindo com a queda progressiva dos anticorpos maternos. A par disso, o Brasil vem experimentando epidemias sucessivas e com a disseminação do Aedes aegypti em todo o território brasileiro, registra-se o maior acometimento de indivíduos em idade adulta. Portanto, no momento, as crianças são as mais suscetíveis à doença e também às formas graves.

A dengue na criança merece uma atenção especial por se expressar clinicamente, na maioria dos casos, como uma síndrome febril com sinais e sintomas inespecíficos (apatia, sonolência, recusa alimentar, irritabilidade, sintomas gastrointestinais, exantema), que podem ser confundidos com outros quadros infecciosos febris típicos da faixa etária pediátrica (infecção urinária, gripe, malária, doenças exantemáticas virais, dentre outras). O início da doença pode não ser reconhecido e os sinais de gravidade podem ser identificados como as primeiras manifestações clínicas. Portanto, diante de uma criança com doença febril aguda é importante:
1. definir se é caso suspeito de dengue;
2. aferir a pressão arterial (duas posições);
3. realizar prova do laço;
4. incentivar a oferta de líquidos;
5. enfatizar sobre os sinais de alarme;
6. orientar sobre os sintomáticos permitidos;
5. notificar à Vigilância epidemiológica.

Fonte:Jornal de Pediatria da SBP

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