Ola mamães e papais

Usarei esse espaço para complementar nossos encontros !

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Novo Calendario de Vacinas da Sociedade Brasileira de Pediatria

1. BCG: Aplicada em dose única exceto para comunicantes domiciliares de hanseníase, independente da forma clínica, quando a segunda dose pode ser aplicada com intervalo mínimo de seis meses após a primeira dose.

2. HB: A vacina contra hepatite B deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida. A segunda dose pode ser feita com um ou dois meses de vida. Crianças com peso de nascimento igual ou inferior a 2 Kg ou com menos de 33 semanas de vida devem receber quatro doses da vacina (esquema 0, 1, 2 e 6 meses): 1ª dose ao nascer, 2ª dose um mês após, 3ª dose um mês após a 2ª dose, 4ª dose, 6 meses após a 1ª dose. Crianças e adolescentes não vacinados no esquema anterior devem receber a vacina no esquema 0, 1, 6 meses; a vacina combinada A+B pode ser utilizada na primovacinação desses indivíduos e o esquema deve ser completado com a mesma vacina (combinada).

3. DTPa / DTP: Quando possível substituir a vacina DTP (células inteiras) por DTPa (acelular) devido à sua menor reatogenicidade. Existem diversas vacinas combinadas com outros antígenos, indicadas para diferentes idades e em diferentes esquemas, incluindo uma alternativa (DTPa) para aplicação em crianças com idade entre o 5º e o 13º aniversário, para aquelas que não receberam o segundo reforço, e outra formulada para adolescentes e adultos ( dTpa) registrada para aplicação a partir do 10º aniversário;

4. Hib: Se usada uma vacina combinada Hib/DTPa (tríplice acelular), uma quarta dose da Hib deve ser aplicada aos 15 meses de vida. Essa quarta dose contribui para evitar o ressurgimento das doenças invasivas em longo prazo. Acima dos 60 meses de idade, a vacina está recomendada apenas para indivíduos com fatores de risco conhecidos para a doença invasiva e deve ser aplicada em dose única, seguindo as recomendações dos CRIEs – Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais.

5. VIP / VOP: A vacina inativada contra poliomielite (VIP) deve substituir a vacina oral (VOP) em todas as doses, preferencialmente nas duas primeiras doses. A VOP pode ser dada nos Dias Nacionais de Vacinação, preferencialmente após as duas doses iniciais de VIP.

6. Rotavírus: A vacina monovalente humana deverá ser administrada em duas doses, aos dois e quatro meses. A primeira dose deverá ser administrada a partir de seis semanas até no máximo 14 semanas. O intervalo mínimo entre as doses é de quatro semanas. A vacina pentavalente bovino-humana deverá ser administrada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses. A primeira dose deverá ser administrada até 12 semanas e a terceira dose deverá ser administrada até no máximo 32 semanas. O intervalo mínimo é de quatro semanas entre as doses.

7. Influenza (Gripe): A vacina contra Influenza está recomendada dos seis meses aos cinco anos para todas as crianças. A partir daí, passa a ser indicada para grupos de maior risco, como pessoas que tem asma e outras doenças de base, conforme indicação do CRIEs (Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais), e contatos de grupos de risco, incluindo pessoas com mais de seis meses que convivem com crianças menores de cinco anos de idade, para evitar o risco de transmissão a esses grupos. A primovacinação de crianças com idade inferior a nove anos deve ser feita com duas doses com intervalo de um mês. A dose para aqueles com idade entre seis meses e 36 meses é de 0,25mL e depois dos três anos de idade é de 0,5 mL / dose. A partir dos nove anos é administrada apenas uma dose (0,5 mL) anualmente. A doença é sazonal e a vacina é indicada nos meses de maior prevalência da gripe, estando disponível apenas nessa época do ano, sendo desejável a sua aplicação nos meses que antecedem o inverno. A dose de reforço no primeiro ano de vacinação é fundamental para garantir a proteção; caso o reforço não tenha sido realizado no primeiro ano, é necessário no próximo ano dar duas doses com intervalo de um mês.

8. Pneumocócica 7-valente: É recomendada a todas as crianças até cinco anos de idade. Recomendam-se tres doses da vacina Pneumocócica 7-valente no primeiro ano de vida, e uma dose de reforço entre 12 e 18 meses de idade

Para crianças ou adolescentes de alto risco que possuam alguma das recomendações presentes nos CRIEs – Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais – recomenda-se também a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente de acordo com o calendário presente nesse manual, mesmo que tenham recebido a vacina conjugada pneumocócica 7-valente anteriormente.

9. Meningocócica C: Recomendam-se duas doses da vacina contra Meningococo C conjugada no primeiro ano de vida, e uma dose de reforço entre 12 e 18 meses de idade, independentemente do fabricante. Após os 12 meses de vida, deve ser aplicada em dose única. A vacina meningocócica C conjugada não deve ser substituída pela vacina polissacarídica na vacinação de rotina. A vacina polissacarídica deve ser utilizada somente para controle de surtos em crianças a partir de dois anos de idade.

10. Febre Amarela: A vacina contra febre amarela está indicada para os residentes de áreas endêmicas. A aplicação desta vacina deve ser feita a partir dos nove meses. Viajantes para áreas endêmicas devem receber a vacina com no mínimo 10 dias de antecedência da viagem (em território nacional ou internacional), lembrando que os reforços são feitos a cada 10 anos;

11. SCR: A segunda dose da SCR (contra sarampo, caxumba e rubéola) pode ser aplicada dos quatro aos seis anos de idade, ou nas campanhas de seguimento. Todas as crianças e adolescentes devem receber ou ter recebido duas doses de SCR, com intervalo mínimo de um mês. Não é necessário aplicar mais de duas doses;

12. Varicela: A vacina de varicela em dose única protege contra formas graves da doença. Uma segunda dose da vacina aplicada entre 4 e 6 anos diminui o risco de surtos em escolares e adolescentes. Crianças menores de quatro anos de vida que receberam apenas uma dose da vacina e apresentem contato domiciliar ou em creche com indivíduo com a doença também devem receber a segunda dose da vacina. O intervalo mínimo entre a primeira e segunda dose deve ser de três meses. Durante surtos ou após contato íntimo com caso de varicela, é possível vacinar crianças de 9 a 12 meses, entretanto as doses administradas antes de um ano não devem ser consideradas como válidas. A vacinação pode ser indicada na profilaxia pós-exposição dentro de cinco dias após contato, sendo preferível nas primeiras 72 horas. Adolescentes susceptíveis com mais de 13 anos de idade devem receber duas doses da vacina, com quatro semanas de intervalo (mínimo) entre as doses.

13. Hepatite A: Recomendada para todas as crianças a partir dos 12 meses. A vacina contra hepatite A é indicada como profilaxia pós-exposição para indivíduos suscetíveis com idade entre um e 40 anos, em substituição ao uso de imunoglobulina, desde que administrada até, no máximo, duas semanas após o contato com caso índice. Crianças e adolescentes não vacinados previamente contra hepatite A e B podem receber a vacina combinada A+B na primovacinação, no esquema de três doses;

14. HPV: Existem duas vacinas diferentes disponíveis no mercado contra o HPV (papilomavírus humano) administradas em 3 doses a partir de 9-10 anos de idade, de acordo com o fabricante.

15. dT / dTpa: Os reforços são indicados a cada 10 anos com dT. Se o adolescente nunca tiver sido vacinado ou desconhecer seu estado vacinal, um esquema de três doses deve ser indicado, sendo pelo menos uma das doses com dTpa, pois esta vacina apresenta proteção adicional para coqueluche. As duas primeiras doses devem ter um intervalo de dois meses (mínimo de quatro semanas) e a terceira dose seis meses após a segunda – OU – três doses com intervalo de dois meses entre elas (mínimo de quatro semanas. É altamente recomendável que a vacina dTpa substitua uma das três doses nesta série. O intervalo mínimo entre uma DTP (ou DTPa) prévia (no esquema primário de vacinação) e a dTpa deve ser de no mínimo 2 anos.

O Manual dos CRIEs – Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais – pode ser encontrado no link: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/livro_cries_3ed.pdf, acessado em 14-02-09.

Fonte : Site da Sociedade Brasileira de Pediatria

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Colicas do lactente

O texto abaixo é a introdução do trabalho publicado no Jornal de Pediatria.Nele vocês poderão encontrar referencias caso queiram ler mais.

Incidência de cólica no lactente e fatores associados:
um estudo de coorte

Maria A.L. Saavedra, Juvenal S. Dias da Costa, Gilberto Garcias,
Bernardo L. Horta, Elaine Tomasi, Rodrigo Mendonça
J Pediatr (Rio J) 2003;79(2):115-22

A definição clínica para cólica do lactente mais aceita na literatura é a de Wessel (1), que descreve esta síndrome como paroxismos de irritabilidade, agitação ou choro, durante pelo menos três horas por dia, mais de três dias na semana em pelo menos três semanas, em crianças saudáveis. O lactente chora de forma inconsolável, geralmente ao anoitecer, sem uma causa identificável e com exame físico normal. Esse problema usualmente surge na segunda semana de vida, intensifica-se entre a quarta e a sexta semana e gradativamente alivia, desaparecendo até o terceiro mês de vida.

A cólica do lactente é uma condição transitória, sem riscos de mortalidade e que não interfere no crescimento da criança. Entretanto, além de ser uma situação extremamente estressante para a família e para o pediatra, pode alterar o desenvolvimento pelo reflexo negativo na interação da criança com seus pais e, ainda, deixar seqüelas emocionais, levando ao surgimento de transtornos somáticos no lactente (2). Estudos prospectivos têm demonstrado que a cólica produz sensação de incompetência nos pais, discórdia entre o casal e aumenta o risco de abuso e violência doméstica (2,3).

O choro do lactente é, de todos os padrões de comportamento pré-verbais, o que mais chama a atenção dos pais. Na tentativa de reconhecer o padrão de choro em diferentes circunstâncias como fome, dor e frio e aperfeiçoar a definição de cólica, vários trabalhos com gravações, observações diárias e análises do espectro do choro foram realizados. Demonstrou-se a capacidade das mães reconhecerem os padrões de choro de seus filhos, parecendo ser confiável esta informação a partir da percepção materna, e o choro seria o critério mais fidedigno para o diagnóstico de cólica (4-7).

No que diz respeito à sua etiologia, do ponto de vista da gastrenterologia, já foram sugeridos: imaturidade ou alergia gastrintestinal, intolerância ao leite de vaca, má absorção e refluxo gastresofágico (8,9). Reforçando a hipótese de que a cólica pode ser decorrente da intolerância ao leite de vaca, o tratamento que utiliza leite de soja ou fórmulas hipoalergênicas mostra redução dos sintomas (10,11).
Alguns autores também apontam para a importância da relação familiar. Forsyth et al. (12) citam preocupações em relação à alimentação e o baixo nível de educação materna como fatores associados à cólica. Para outros autores, a cólica pode ser um sintoma de disfunção na díade mãe-filho e/ou desta no âmbito familiar (2,13,14). O ambiente se caracterizaria por uma manipulação inadequada devido à inexperiência, ansiedade, depressão ou raiva dos pais. Experiências de sintomas clínicos, descontentamento com a relação sexual na gravidez e uma vivência negativa no parto também têm sido associados à ocorrência de cólica, assim como isolamento social na gestação e uma mãe insegura na ocasião do nascimento (15). Por outro lado, trabalhos recentes sugerem a cólica como uma manifestação do desenvolvimento emocional normal, como uma menor capacidade do lactente em regular a duração de seu choro, ou que seja uma questão de temperamento (16,17).

A melhora do quadro através de condutas terapêuticas que modificam o comportamento das mães em relação às crianças (tais como não deixar o bebê chorar, dispositivos de embalo ou vibração mecânica, formas de pegar ao colo) apóiam a hipótese de causas extrínsecas para a cólica (3,5,9,18,19). Entretanto, alguns trabalhos sobre o tema foram conduzidos em populações altamente selecionadas, o que dificulta a sua generalização.


1. Wessel MA, Cobb JC, Jackson EB, Harris GS, Detwiler AC. Paroxysmal fussing in infancy, sometimes called "colic". Pediatrics 1954;14:421-34.

2. Fractman MSV. Las perturbaciones funcionales del lactante. Revista del Hospital de Niños 1982;24:99-102.
3. AJ. Management of infantile colic. Am Family Physician 1997;56:235-42.

4. Leger DW, Thompson RA, Merrit J, Benz J. Adult perception of emotion intensity in human infant cries: effects of infant age and cry acoustics. Child Dev 1996;67:3238-49.
5. Geertsma A. Cólicas - uma síndrome dolorosa do lactente? Clin Ped Am Norte 1989;4:955-71.

6. Field PA. A comparison of symptoms used by mothers and nurses to identify an infant with colic. Int J Nurs Stud 1994;31:201-15.
7. Baar RG, Rotman A, Yaremko J, Leduc D, Francouer TE. The crying of infants with colic: a controlled empirical description. Pediatrics 1992;90:14-21.

8. Cheyne PS, Kulczycki A. Human breast milk contains bovine IgG. Relationship to infant colic? Pediatrics 1991;87:439-44.
9. Treem WR. Infant colic. A pediatric gastroenterologist's perspective. Pediatr Clin North Am 1994;41:1121-38.

10. Garrison MM, Christakis DA. A systematic review of treatments for infant colic. Pediatrics 2000;106:184-90.
11. Bocquet A, Bresson JL, Briend A, Chouraqui JP, Darmaun D, Dupont C, et al. Infant formulas and soy protein - based formulas: current data. Arch Pediatr 2001;8(11):1226-33.

12. Forsyth B. Colic and the effect of changing formulas: a double-blind, multiple crossover study. J Pediatr 1989;115:521-6.
13. Baar RG. The "colic" enigma: prolonged episodes of a normal predisposition to cry. Infant Mental Health J 1990;11:340-8.

14. Jacobson D, Melvin N. A comparison of temperament and maternal bother in infants with and without colic. J Pediatr Nurs 1995;10:181-8.
15. Rautava P, Helenius H, Lehtonen L. Psychosocial predisposing factors for infantile colic. Br Med J 1993;307:600-4.

16. Canivet C, Jakobsson I, Hagander B. Infantile colic. Follow-up at four years of age: still more "emotional". Acta Paediatr 2000;89:13-7.
17. Huhtala V, Lehtonen L, Heinonen R, Korvenranta H. Infant massage compared with crib vibrator in the treatment of colicky infants. Pediatrics 2000;105:E84-86.

18. Armstrong K, Previtera N, Mc Callum R. Medicalizing normality? Management of irritability in babies. J Paediatr Child Health 2000;36(4):301-5.
19. Lucassen PLBJ, Assendelft WJJ, van Eijk JThM, Gubbels JW, Douwes AC, van Geldrop WJ. Systematic review of the occurrence of infantile colic in the community. Arch Dis Child 2001;84:398-403.

domingo, 2 de maio de 2010

Chegando em casa ,e agora????

Algumas orientações logo após o nascimento:


O bebe perde até 10% do peso ao nascer e recupera este peso com 10 dias de vida , momento em que deverá fazer a primeira visita ao pediatra.

O Teste do Olhinho foi feito ao nascer e está anotado no cartão do bebe.

O Teste da Orelhinha deve ser feito do primeiro ao trigésimo dia de vida .Procure uma fonoaudióloga.

O Teste do Pezinho deverá ser feito entre o quinto e sétimo dias de vida.

Ao nascer foram feitos credè ( colirio de nitrato de prata nos olhos)e injeção de vitamina K ( profilaxia de doença hemorrágica no recém-nascido)

O credè pode provocar reação alérgica e os olhinhos ficam inchados e com secreção.

No primeiro dia de vida o bebê espirra muito , pode fazer ânsia de vomito e até vomitar.

Depois do primeiro dia de vida ele vai espirrar quando tiver frio e soluçar quando tiver com frio ou com a barriga muito cheia.

Podem aparecer manchinhas vermelhas por todo o corpo do bebe ( que parecem mordidas de mosquitos) chamadas ERITEMA TÓXICO .É a pele dele (a) acostumando com o novo ambiente ( roupas, sabonete, mãos).Desaparece sem usar nada.

As meninas podem ter secreção vaginal e até menstruar e as mamas podem ficar cheias de leite.Tudo isso ocorre porque durante a gestação houve passagem de hormonios seus para o bebê.Ah! Os meninos também podem ficar com as mamas cheias de leite.
Os bebês podem fazer um xixi alaranjado nos primeiros dias que se parece com sangue quando olhamos rápido. Se observar a fralda seca verá que na verdade são cristais alaranjados.
Nos primeiros dias seu bebê eliminará mecônio ( primeiro cocô do bebê) depois passará a evacuar fezes amareladas ou esverdeadas em grande quantidade que dá a impressão de diarreia.Mamando no peito é normal.Pode fazer cocô 10 vezes ao dia e ficar até 10 dias sem fazer.(Sem evacuar e sem febre, sem vômitos).

Para amamentar não é necessário fazer dieta .Evite apenas alimentos com cafeína( chá preto, café, refrigerante de cola ) ou outras xantinas como o chocolate.Álcool deve ser ingerido com muita moderação.Os demais alimentos são liberados,exceto se houver alguma conta-indicação.

No hospital e nos primeiros 4 dias de vida pedimos que alimente seu bebê a cada 3 horas e que alterne as mamas.Quando sentir a “descida” do leite e suas mamas ficarem bem cheias passe a dar uma mama em cada mamada e espere seu bebê acordar pedindo .

Parece muita coisa mas cuidar de bebê é simples e fácil. Requer tranquilidade , paciência e instinto.Muitos irão dar opinião na tentativa de ajudar, muitas opiniões irão divergir. Ouça mas use seu instinto de mãe e faça o que achar mais certo para seu bebê.