Ola mamães e papais

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Um momento para pensar.....

Poema enjoadinho
Filhos . . . Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete . . .
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los . . .
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são! 
Vinícius de Moraes

2 comentários:

  1. Esse também é demais!!!

    "É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer
    Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de morrer

    Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr
    E assim chorando acalentar o filho que eu quero ter
    Dorme, meu pequenininho, dorme que a noite já vem
    Teu pai está muito sozinho de tanto amor que ele tem

    De repente eu vejo se transformar num menino igual à mim
    Que vem correndo me beijar quando eu chegar lá de onde eu vim
    Um menino sempre a me perguntar um porque que não tem fim
    Um filho a quem só queira bem e a quem só diga que sim
    Dorme menino levado, dorme que a vida já vem
    Teu pai está muito cansado de tanta dor que ele tem

    Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu
    Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro bei..jo seu
    E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus
    Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus
    Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer
    Teu filho sonha acordado, com o filho que ele quer Ter."
    (Toquinho/Vinícius)

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  2. Miza,

    Esse poema eu fiz ao acender das luzes do primeiro dia deste ano. Lembrei de vc. bjs

    Infância

    Meu pequeno
    Tem seus sonhos
    Meu pequeno
    Tem suas vontades

    Meu pequeno infante
    Aprende, aprende, aprende.
    E erra, erra, erra.
    Como aprender, se não erra?

    Não. Não. Não.
    A infância é um mar de possibilidades -
    Engessadas, paralisadas, pela necessidade premente
    De não mais infância.

    Infância, ainda que tardia.

    Naiana Carapeba (01/01/2011)

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